segunda-feira, 23 de maio de 2011

E o molde se quebrou...

Olá a todos!

Primeiramente gostaria de pedir desculpas pelo sumiço pois estou sem internet em casa e também andava meio sem assunto.

Este final de semana fui aguardar o pai da minha sobrinha na parada de ônibus perto da minha casa e em cerca de uma hora de espera e observação, pude constatar algo que já percebia a muito tempo: O desrespeito a faixa de pedestre.

Dos 60 minutos aguardados na parada de ônibus, pude visualizar diversas pessoas tentando atravesar a faixa e cada uma levava em média uns 5 minutos para conseguir.

Algumas só conseguiam quando um sinaleiro, alguns metros atrás, fechava possibilitando assim, que a pessoa atravessa-se em segurança.

Irônico isto, a pessoa ter que aguardar não ter carro nenhum na pista para atravesar a faixa de pedestre em segurança.

O sinal da vida virou o sinal do incômodo. Basta o motorista visualizar um braço estirada acenando para cima e para baixo em frente a uma faixa que o mesmo já fica furioso. Deve pensar: "Meu Deus, lá vem outro maldito pedestre me atrasar 20 segundos".

Alguns motoristas chegam até mesmo a buzinar quando o pedestre está atravesando a faixa. É o cúmulo!

E em dia de chuva? O camarada está dentro do carro, quentinho no seu ar-condicionado, ouvindo uma musiquinha, relaxado em seu banco de motorista e acha uma falta de respeito um pedestre na chuva, todo molhado e enlameado solicitar passagem numa faixa. É um absurdo!

Durante muitos anos, Brasília foi exemplo do respeito a faixa de pedestre. Eramos uma cidade modelo. Veiculavamos propaganda exaltando nossa educação no trânsito e nosso respeito a faixa.

Infelizmente o tempo passou e as coisas mudaram.

Hoje Brasília não perde para nenhuma cidade na falta de respeito a vida. Isso mesmo! Falta de respeito a vida, pois quem não respeita a faixa não respeita a vida do próximo.

Banaliza a vida do pedestre pois sabe que em caso de atropelamento (se for réu primário) vai responder processo em liberdade.

Se for filho de bacana então... é capaz da vítima responder por crime de invasão de propriedade particular (se cair em cima do carro) ou crime de evasão da cena do crime (em caso de parar longe do local do acidente).

Ao que tudo indica a geração "Paz no Trânsito" envelheceu, e a nova geração não aprendeu a lição dos antigos. Talvez se tornaram antiquados, obsoletos. A sabedoria dos mais velhos não serve de nada, e enquanto isso a vida vai perdendo seu sentido... vai se esvaindo... e a educação vai morrendo...

Infelizmente o molde se quebrou...

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